Acabo de voltar de viagem durante minhas curtas férias. Eu e minha esposa de certa forma comemoramos o primeiro ano da filha menor, data essa libertadora de esterelizações de mamadeiras e afins. Só pais entendem o significado da diminuição de trabalho que isso representa. Curtimos muito, mas com dois filhos ainda tão dependentes voltamos destruídos …
É na dificuldade que surge criatividade, é na perda que se valoriza o passado, é no futuro que se projeta esperança.
Enebriadas como estão algumas doentias mentes brasileiras não partirão da água pro vinho, nem do vinho pra água, viverão no lamaçal da sua falta de pensamento em suas vidas vazias que só pensam em desgraça.
Sua vida é temperada com os sabores que destinares a ela, portanto seja “chef” de si mesmo, adicionando pitadas de prazer no seu dia a dia. O segredo é se tornar um “maluco beleza”.
Enquanto o ser humano viver de medo estará fadado a ser consumido pelo ódio. Não existe escrita certa por linhas tortas, mas sim história manchada em papéis que cortam.
A fuga passa a ser meu pensamento repetido. Já podemos dizer que se “correr o bicho pega, se ficar o bicho come “.
Que daqui pra lá eu crie várias versões de mim, cada vez com mais “eu” e menos “ego”, mas que não sejam versões dos outros, enganado em minha própria falta de autenticidade, me enturmando com semelhantes inúteis em sua essência, egolatrando-se pela necessidade de sentir-se mais importante, menos humano, rico no bolso, pobre na alma, triste por tudo, apagado por deixar-se consumir em suas preocupações e negatividades
Sorte mesmo é nascer em boa família . Amém. É não morar na favela. Amém. É não ter que preocupar se vai ter comida hoje, ou mesmo se o pai vai voltar pra casa. Amém. É morar em lugares onde não tem muitas balas perdidas, daquelas que encontram corpos. Amém. É viver numa sociedade que respeite a sua liberdade de expressão. Amém. É não ser picado pela pobreza ou por um mosquito da Zika. Amém.
Nossos ricos totalmente desidentificados com o povo, seguindo suas vidas compradas, bancando suas felicidades com a derrota dos outros, intercalam sensações, invejando os pobres pela leve maneira alienada com que tocam suas vidas em jogadas mais dramáticas que não passam na tv, ou mesmo menosprezando a tristeza de desgraçados que dão raiva de serem vistos com o sofrimento expresso em seus rostos.
Como se diz no ditado, um dia a casa cai, e talvez aí, na minha singela interpretação, ratos e baratas estejam mais aptos a sobrevivência que os próprios mandatários do que outrora fora um belo lar.